Para o senso comum humildade muitas vezes é visto como um defeito. Ouço frequentemente frases como: “Ela assumiu aquele cargo muito insegura e humilde. Na equipe só tinha cobra criada. Ela não estava preparada” ou “Minha funcionária é uma pessoa humilde que não tem recursos financeiros e por isso aceita qualquer condição de trabalho sem questionar”. Humildade acaba por ser associado a fragilidade, inferioridade, submissão ou pobreza.
Muito pelo contrário, humildade é uma grande virtude, e está em falta na sociedade atual tão competitiva, ostentatória e narcisista. É a capacidade de reconhecer que possui limites, que sempre pode aprender mais, que não é autossuficiente, nem onipotente e a força está no coletivo, seja na esfera pessoal ou profissional.
Humildade é um atributo que une as pessoas e otimiza as relações. É quando reconhecemos que podemos ter cargos, poder, dinheiro ou status em níveis diferentes, mas a dignidade humana é a mesma.
Temos humildade quando “sabemos chegar e sair” das relações e possuímos educação doméstica ao expressar a capacidade de dizer BOM DIA, MUITO OBRIGADO, PARABÉNS e O ERRO FOI MEU. É quando ao deixarmos um cargo de confiança no serviço público, podemos voltar tranquilamente para o cargo anterior junto aos antigos subalternos. É quando nos separamos e mantemos o respeito e o bom trato com o ex-cônjuge e quando cumprimentamos o gari ou a empregada doméstica no play de nosso condomínio.
Lembre-se que quem não é humilde, se humilha e quem está em pé, cuide para não cair!
Humildade gera respeito, credibilidade e um clima afetivo ameno e humanizado, o que no final das contas, faz com que TODOS ganhem com isso. Como dizia o filósofo Sócrates SÓ SEI QUE NADA SEI, pois, o reconhecimento da ignorância é o caminho para a sabedoria. Boa jornada!
