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17h00

O que podemos aprender com Megan e Harry?

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Meu interesse é nos aspectos simbólicos e psicológicos dessa história . Há uma simbologia muito interessante no “MEGXIT”, que pode nos ajudar a pensar sobre o propósito das nossas vidas e a possibilidade de mudança.

Primeira reflexão: cuidado com a generalização e a idealização. Nem todo mundo quer ser princesa e a vida da realeza pode ser um fardo. Fique atento (a) à SOMBRA, ao lado oculto  e reprimido da nossa vida psíquica.

Harry falou abertamente da sua saúde mental, do custo emocional da persona de príncipe, da dor de perder a mãe e sobre como é difícil estar sob os holofotes o tempo todo. Megan desde o início deu indícios que não iria se deslumbrar com a nobreza. Resultado? A erupção da sombra na família real britânica, que desnudou as intrigas, disputas, frustrações e jogos de poder.

Bem-vindo ao mundo real! Isso também ocorre com os Windsor. Não existe conto de fadas na realidade!

Segunda reflexão: todos nós podemos mudar, mas para a mudança ser sustentável e saudável, deve envolver consciência, reflexão e maturidade para assumir as consequências.

As declarações do casal sinalizam que  eles amadureceram a ideia de tocar a própria vida, a reflexão já vinha fluindo  há muito tempo e decidiram abrir mão das “mordomias” associadas ao título real. Pagaram o preço da ruptura. Não quiseram só o lado bom do afastamento e reconheceram o significado da decisão. Foram transparentes e não se furtaram de expor o que pensavam e sentiam, “humanizando” seu discurso e compartilhando sua subjetividade. Saíram do pedestal e se permitiram  ser “gente”.

Terceira reflexão: o arquétipo da princesa na carruagem, o príncipe no cavalo branco e que “viveram felizes para sempre”  ruiu. A princesa plebeia de origem negra e família desajustada e o príncipe filho do pai mulherengo e da mãe traída e depressiva, decidiram os rumos da própria vida. Não se deixaram levar pelo SISTEMA de modo acrítico, passivo  e alienado.

Lembra a história de SHREK  e FIONA.  Fiona era “princesinha lindinha” de dia e ogra à noite. O herói não é o príncipe de família nobre que cumpre todos os pré-requisitos. Ao contrário, é o ogro do pântano, sem “berço”, fedorento e que vem das sombras da floresta amaldiçoada e solta “pum”. Quando eles se encontram , ambos se libertam dos estereótipos: finalmente FIONA se permite ser ogra o tempo todo (sua essência), deixando de se esconder do mundo e SHREK sai do isolamento e vive sua vida com propósito.

A diferença é que no desenho  os ogros se tornam príncipes, enquanto com Megan e Harry, os príncipes viraram “ogros”, pelo menos para a família real e parte da opinião pública conservadora.

Que tal pararmos de julgar e projetar nossas expectativas na vida dos outros? Que tal sermos livres e permitirmos que cada um decida o rumo da própria trajetória de vida? Logico, que sempre com responsabilidade, maturidade e resiliência. Senão, vira dependência, “birra” e busca de mais mordomias através de outras fontes.

Boa jornada.

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