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10h34

Atividade física contribui para a socialização das pessoas com deficiência

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Atividade física contribui para a socialização das pessoas com deficiência

O Dia Nacional de Luta da Pessoa Portadora de Deficiência é celebrado nesta quinta-feira, dia 21 de setembro. Criada em julho de 2005, através da Lei Federal n° 11.133, a data tem por objetivo conscientizar sobre a importância do desenvolvimento de meios de inclusão das pessoas com deficiência na sociedade, bem como motivá-las a lutarem pela construção de uma sociedade inclusiva, onde possam viver de forma igualitária e sem preconceitos. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui 6,2% de pessoas com algum tipo de deficiência.

Neste sentido, a prática regular de atividade física atua como uma importante aliada para a socialização e inclusão dos portadores de deficiência, é o que afirma o fisioterapeuta esportivo, Arivan Gomes, parceiro da rede Hammer Fitness Club. Além disso, devido ao preconceito que normalmente sofrem existe uma grande prevalência de deficientes físicos sedentários, já que eles mesmos tendem a se recluir, evitando a exposição e a prática de atividade. “Por isso, é muito importante que tenhamos profissionais capacitados para atender às necessidades destes indivíduos, para que as adaptações de treinos façam com que eles se sintam incluídos no processo”, diz.

Já na parte física o fisioterapeuta ressalta a importância do exercício físico para o fortalecimento das extremidades. “Um paraplégico que não tem movimentos nos membros inferiores, por exemplo, certamente precisa fortalecer bastante os membros superiores, para compensar e ele ter a possibilidade de poder usar os braços para sustentar o próprio peso, fazer movimentos funcionais, transferências da cama pro chão e/ou para o banheiro”, exemplifica Gomes. Ainda segundo ele, o fortalecimento das outras extremidades e dos outros seguimentos é muito importante nesse quesito, mas, também, para que tenham um alto nível de qualidade de vida, bem estar, condicionamento cardiovascular e todos os outros benefícios que as pessoas não deficientes têm.

Com poliomielite desde os nove meses de vida, a arquiteta Ranice Almeida, 50 anos, aluna da Hammer Fitness Club, frequenta a academia entre 3 a 4 vezes na semana. Confirmando os benefícios citados pelo fisioterapeuta, Ranice afirma que prática regular de atividade contribui tanto para o fortalecimento da musculatura, ajudando a suportar o peso e a condição física de ter uma perna menor que a outra, quanto para a melhoria do condicionamento físico, aumento da disposição e ânimo para as atividades.

De acordo com o educador físico Pablo Gavazza, coordenador técnico da rede Hammer Fitness Club, a prescrição de treino para indivíduos com deficiência deve ser feita de forma personalizada, respeitando a sua condição física e/ou mental, além das suas limitações. “É importante, ainda, considerar a aptidão e preferência do aluno, para que a atividade seja, também, prazerosa”, ressalta. Consideradas estas premissas, podem ser realizados exercícios de musculação, caminhadas, atividades aeróbicas, yoga, pilates, natação e outras atividades na água, como aquabike e hidroginástica, dança, entre outros. “Vale salientar que assim como qualquer outra pessoa, é muito importante que toda e qualquer atividade física seja acompanhada por um profissional de educação física para evitar lesões e outros problemas relacionados à prática errônea de algum exercício”, ressalta Gavazza. 

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