Para muitas pessoas o consumo de cafeína não é nada agradável, isso acontece devido ao excesso de sintomas desencadeados pelo seu consumo. A cafeína é um alcaloide presente em algumas plantas, mas, principalmente no café, e tem a função de proteção, como um pesticida natural. A absorção dela é relativamente rápida, atingindo a circulação sanguínea em cerca de 40 minutos e tem alta capacidade de atravessar membranas espalhando-se por todo organismo. A inativação é feita no fígado, regulado pela enzima CYP1A2, a qual tem menor atividade nos indivíduos com metabolização lenta da cafeína, provocando ação mais intensa e duradoura nestes.
Outro fator interferente na metabolização da cafeína é o tabagismo, sendo que em fumantes a taxa sanguínea de cafeína permanece elevada por duas vezes o tempo de não fumantes. Sintomas de excesso de cafeína são ansiedade, taquicardia, angustia, insônia, refluxo. São esses sintomas que tornam o consumo de café impraticável para os metabolizadores lentos de cafeína.
Muitas dessas pessoas adoram café e para elas foi desenvolvido o processo de descafeinização. Existem hoje três formas de se realizar a extração da cafeína: o com uso de solventes químicos, o swiss water e a extração com dióxido de carbono. Dentre estes a melhor opção seria a extração com dióxido de carbono, por ser totalmente livre de química e não alterar o sabor. Porém, não se encontra no mercado brasileiro nenhuma marca que realize esse processo. A segunda melhor opção é a swiss water, processo igualmente sem química, realizado no Canadá, mas que altera um pouco o sabor do café. A opção com uso de solventes químicos deve ser evitada.
Alguns nutrientes são perdidos no processo de descafeinização, e ele não terá os efeitos estimulantes do café convencional, mas mesmo assim é um bom produto para uso a noite ou para os metabolizadores lentos de cafeína.
